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quinta-feira, 26 de março de 2009

Austro Costa - Antologia de Poetas Pernambucanos









2 - Antologia de Poetas Pernambucanos


Austro Costa


Austriclínio Ferreira Quirino, o poeta e jornalista conhecido como Austro-Costa, nasceu no dia 9 de maio de 1899, na cidade de Limoeiro, em Pernambuco.

Órfão de pai e abandonado pela mãe, foi criado por um tio, negociante português que o colocou para trabalhar no balcão de sua loja de tecidos. Austro-Costa empregou-se também como zelador da pequena biblioteca de Limoeiro.

Publicou seu primeiro poema, no dia 15 de fevereiro de 1913, no "O Empata", em Limoeiro.

Em 1915, adotou definitivamente o pseudônimo de Austro-Costa.

Quando escrevia crônica social usava o pseudônimo João da Rua Nova. Mudou-se de Limoeiro para o Recife em 1917, quando tinha apenas 17 anos.

Trabalhou na Empresa Vecchi, distribuidora de livros em fascículos (1918) e atuou na imprensa recifense como revisor, repórter, cronista, tendo trabalhado nos jornais A Luta, Jornal do Recife, Jornal do Comercio, A Notícia, Diário da Tarde e no Diário de Pernambuco, onde escreveu regularmente de 1922 a 1929. No Diário da Tarde, manteve a seção De Monóculo, de 1933 a 1935.

Publicou seu primeiro livro de poesias "Mulheres e Rosas", em 1922, contendo 52 poemas escolhidos, o qual teve notável repercussão.

Foi integrante do Movimento Modernista em Pernambuco (1924), participou do combate à Revolução Constitucionalista de 1932 e, em 1934, tornou-se funcionário da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Dizia que tinha três "cachaças": imprensa, política e poesia.

Em 1945, publicou seu segundo livro, com 102 poemas escolhidos que denominou de Vida e sonho.

Casou-se com Helena Lins de Oliveira em 1948 e, em 1949, tomou posse na cadeira nº. 5 da Academia Pernambucana de Letras, patrocinada por Natividade Saldanha e cujo fundador foi o poeta e professor de Direito Gervásio Fioravanti.

No dia 29 de outubro de 1953, morreu no Recife, quando ia do trabalho para casa, vítima de um acidente de ônibus.


FONTES CONSULTADAS:

LOPES, Waldemar. Austro-Costa no centenário de seu Nascimento. Recife: Ed. Livros de Amigos, 1999.

SILVA, Jorge Fernandas de. Vidas que não morrem. Recife: Governo de Pernambuco, Secretaria de Educação, 1982.

Fundação Joaquim Nabuco (http://www.fundaj.gov.br/)


Livros
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Livros bons... Livros maus... Livros... Ah! Quantos
comprei e recebi, compro e recebo!
Mestres de encantos e de desencantos...
Mestres cujas lições com os olhos bebo...
.................................
Livros meus... Mil e tantos acalantos
em minhas horas más!... Só eu percebo
o que vale "cavar" uns "mil e tantos"
quando levo alguns deles para o "sebo"...
.................
Sempre aferrado aos livros, noite e dia,
na ânsia de algo saber, - ânsia funesta
a que malucamente me abandono,
.....................
só aprendi esta filosofia:
um livro mau se vende, não se empresta;
e um livro bom... não se devolve ao dono...
...........................

Um comentário:

  1. Caro blogueiro, tenho interesse em conhecer outros poemas de Austro Costa. Que tal publicar mais esse autor?

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