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terça-feira, 14 de abril de 2009

Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco - Olinda


Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco

Olinda - PE





































Um olhar sobre o Aljube

Marcos Cordeiro


Instalado em um monumento nacional projetado em 1722 pelos Engenheiros João Macedo Corte Real e Diogo da Silveira Veloso, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em Olinda, foi fundado pelo eminente jornalista, intelectual, colecionador, empresário e embaixador Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo na década de 1960 e inaugurado no dia 23 de dezembro de 1966.
Irmão trigêmeo do Museu Assis Chateaubriand de Campina Grande – PB e do Museu Regional de Feira de Santana – BA, esses três museus guardam entre si não só a paternidade, o sangue e a força da terra nordestina, mas, sobretudo os seus acervos que privilegiam a arte de importantes nomes do Modernismo Brasileiro, tanto quanto, nomes do Modernismo Inglês nesse último Museu e no de Olinda com David HOCKNEY e do Modernismo Americano de Adolph GOTTILIEB.
O MAC não tem a sua história só a partir da data da sua inauguração, mas de uma série de eventos e fatos que aconteceram em Pernambuco na década de 1960 como o surgimento de diversos “Ateliês” em Recife e Olinda e o efervescente Movimento da Ribeira em Olinda, que marcou toda uma época com a sua legendária aura libertária contra o obscurantismo reinante da época da ditadura militar. Entre os Ateliês mais importantes daquela época podemos citar a Oficina 154 e o Atelier + 10 em Olinda. Para coroar toda essa intensa movimentação nada melhor do que a fundação do MAC em Olinda.
Por trás das suas paredes seculares e encimadas pelo brasão de Dom Francisco Xavier Aranha - Bispo de Pernambuco, as Coleções Assis Chateaubriand, Abelardo Rodrigues, Obras isoladas, Helenos, Salão dos Novos, Salão das Madonas, das Jóias, entre outras, formam o Acervo do MAC constituído de pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, propostas, jóias, fotografias, etc. Nos seu pavimento superior ou térreo onde até fins do século XIX eram destinados a prisão de “pretos, mulatos e feiticeiros” hoje são os mais distintos suportes para a exibição de obras de arte de artistas desde pernambucanos e brasileiros até importantes nomes da arte internacional.
Museu cosmopolita abriga desde um magnífico painel japonês de seda e de brocado do séc. XVII, passando por desenhos da fase inicial de um Walter Disney, pinturas de Gottlieb e Hockney até as obras de artistas pernambucanos ou aqui radicados como: Telles Junior, Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Aires, Cícero Dias, Wellington Virgolino, Gilvan Samico, José Cláudio, Maria Carmen, Francisco Brennand, Mirella Andreotti, Manoel Bandeira, Percy Lau, João Câmara, Darel Valença, Abelardo da Hora, João Câmara, Alves Dias, José de Barros, Raul Córdula, Teresa Costa Rego, Thiago Amorim, Adão Pinheiro, Ypiranga Filho, Ana Veloso, Ana Vaz, Sônia Malta, Marcos Cordeiro, Sérgio Lemos, Delano, Montez Magno, Luciano Pinheiro, Roberto Lúcio, Jairo Arcoverde, Ismael Caldas, Marcos Amorim, Guita Charifker, José Barbosa, José Tavares, Emanuel Bernanrdo, Mariza Lacerda, Paulo Neves, José de Moura, Delima, Liliane Dardot e nacionais como: Portinari, Maciel Babinsky, Antônio Bandeira, Aldo Bonadei, Darel Valença, Antônio Gomide, Alberto da Veiga Guignard, Arcângelo Ianelli, Maria Leontina, Manabu Mabe, Ismael Nery, Tomie Ohtake, Lasar Segal, Orlando Teruz, Mário Zanine, Fernando Lopes e Anita Malfati, entre outros.
Ante tão amplo e diversificado registro que faz parte de um acervo bem maior da cultura pernambucana e nacional, podemos ter a certeza de que estamos de frente para um rico e valioso painel do Modernismo e da Contemporaneidade brasileira materializado no fascinante ACERVO do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, referência para Pernambuco, para o Nordeste e para o Brasil.
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