A Rosa Convicta
Ante a
fúria do mar e em fundo espelho,
hei de
pintar meus olhos de infinito.
Depois, no
corpo quieta traçarei
limpas
cores do céu e chuva e sol:
pois meus
seios são aves prematuras
que entre
gestos e orvalho guardarei.
Mas, por
ser bela eu hei de ser sózinha
porque o
espanto e a ternura tem moradas
em chão
diverso e de diverso intento.
Mas por se
bela me liguei ao tempo
e por ser
bela girarei sorrindo
entre os
raios de sol e o cata-vento.
Asas Invisíveis
Nem
complexa
nem
abstrata
porque
exata
prefiro
ser.
Sou mulher
mas serei
pássaro
porque
pássaro
já fui.
Fugirei do
litoral.
Quero o
espaço
sem
calendários.
Intocável
permanecerei.
Penitências
Principiei
pássaro
mutilaram-me
as asas,
continuei a
voar;
abatida por
piratas
de veleiros
escondidos
entre
nuvens e luar,
fui mastro
e vela,
fogo de
santelmo e concha
quando era
ânsia
e notívaga
vivia sonhos.
Entre lumes
e vazantes
feriram-me
no corpo
pois
inquietas tenho
flechas no
meu canto.
Canto e me
vem o canto
dessas
cavernas onde vive o vento.
Agora ave,
para sempre ave
voando
entre
mistérios –
sol e céu -,
deixando
plumas, pés e canto,
no que me
resta vou além voando.
Aurora Duarte –
a bela Diva
Atriz,
poetisa produtora e diretora de cinema,
Aurora Duarte, nascida Diva Mattos Perez em 17 de Abril de 1933 em Olinda,
Pernambuco
Quando criança, Aurora Duarte brincava com os pedaços de filme “Paixão de Cristo”. Adolescente, conheceu um francês que fazia filmagens para Walt Disney e ela começou a ajudá-lo na produção. Na mesma época, entrou para a Associação de Cinegrafistas Amadores do Brasil e fez um filme, “A Sereia e o Mar”. Ela foi a sereia, diretora, roteirista e fotógrafa desse filme. Esse filme, feito quando Aurora tinha entre 13 e 14 anos, deu-lhe popularidade. Com essa idade, começou, também, a publicar suas poesias em jornais.
Em 1953, estrelou o filme "O Canto do Mar", de Alberto Cavalcanti. Com o sucesso do filme, Aurora Duarte mudou-se para o Rio de Janeiro e, em seguida para São Paulo, onde filmou "Os Três Garimpeiros", ao lado de Hélio Souto e Alberto Ruschell.
Em 1960, produziu e atuou no filme "A Morte Comanda o Cangaço", dirigida por Carlos Coimbra.
Ficou afastada do cinema por um longo período e retornou em 1982 para uma participação no filme "Noites Paraguaias".
Quando criança, Aurora Duarte brincava com os pedaços de filme “Paixão de Cristo”. Adolescente, conheceu um francês que fazia filmagens para Walt Disney e ela começou a ajudá-lo na produção. Na mesma época, entrou para a Associação de Cinegrafistas Amadores do Brasil e fez um filme, “A Sereia e o Mar”. Ela foi a sereia, diretora, roteirista e fotógrafa desse filme. Esse filme, feito quando Aurora tinha entre 13 e 14 anos, deu-lhe popularidade. Com essa idade, começou, também, a publicar suas poesias em jornais.
Em 1953, estrelou o filme "O Canto do Mar", de Alberto Cavalcanti. Com o sucesso do filme, Aurora Duarte mudou-se para o Rio de Janeiro e, em seguida para São Paulo, onde filmou "Os Três Garimpeiros", ao lado de Hélio Souto e Alberto Ruschell.
Em 1960, produziu e atuou no filme "A Morte Comanda o Cangaço", dirigida por Carlos Coimbra.
Ficou afastada do cinema por um longo período e retornou em 1982 para uma participação no filme "Noites Paraguaias".
Livro:
O pássaro e o Náufrago - 1964
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