.......................................................................................................................................................................
.....................................................................................................................................................................
Pernambucaníada
.....................................................................................................................................................................
.......................................................................Marcos Cordeiro
Surgidouro das Naus
Entre os recifes e os ventos
a ostra tem-se guardado.
De coral e alumbramento
construiu o seu sobrado,
com beirais de brancas brumas
e varandas de espumas.
Lamarão
A si mesma, entre dois rios,
a cidade se entrelaça,
qual ostra dos mares frios
de madrepérola se abraça.
Monja reclusa na cela
que a bem poucos se revela.
Arrecife dos Navios
Recife tem o seu nome
arrancado do seu peito,
Pernambuco é sobrenome
esculpido dos seus feitos
de guerreiros destemidos,
de guerrilheiros nascidos.
Trincheiras do Novo Mundo
Entre as folhagens do Mangue
o homem traçou uma bela
cidade feita do sangue
do herói que se rebela.
Dispôs Recife ancorado
no sangue e no mar salgado.
Guararapes
Pelas batalhas e pontes
tem sua glória cantada,
escrita em ouro nas frontes
com os fios das espadas.
Líquidas são suas estradas,
de água e sangue, sangradas.
Memorandos Nomes
A ti, Pernambuco, apraz
revoluções e batalhas.
Bernardo, Roma e Caneca
são três fortes muralhas.
Tuas lutas libertárias
são tuas odes lendárias.
Rubro Veio
Tua alma é o teu escudo
unida ao teu férreo seio
onde o sangue de Esparta
irriga teu rubro veio.
Unge os céus tua História
com a nobreza e a glória.
Angra dos Heróis
Sob o céu ultramarino
do oceano revoltado,
daqui seguiu pra Bahia
nosso brio acorrentado,
ali a voz do trabuco
não calou Pernambuco.
Lagamar dos Leões
Do panteão dos martírios
voaram alto seus filhos
pela honra coroados.
Pela sanha dos gatilhos
se aqui nasce um imortal
ali tomba um mortal!
Proa da Liberdade
Proa de rocha que corta
o Atlântico que lhe traça,
da liberdade é a porta,
do continente é a raça
que fincou sua bandeira
pelas terras brasileiras.
Oi Marcos
ResponderExcluirEstou sempre por aqui. Novidade (?): Sou tua fã!
Sorte: Sou tua irmã!
Amei que tenhas postado esse poema tão lindo!
Estou adorando também as novas postagens com os maravilhosos e incríveis artistas de Olinda. São tantos e tão bons!
O'Linda não apenas um belo lugar para se edificar uma cidade, mas um belo lugar para se viver, criar e sonhar!
KK