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CONTO DE NATAL
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Como o senhor é querido Sr. Edson! Tenho um bocado de cartões de Natal aqui que Seu Chiquinho do Correio mandou entregar hoje e o senhor não estava em casa. – disse sua vizinha Joana, entregando os cartões.
- Obrigado senhora, muito obrigado!
Após ler os poucos cartões de Natal que mandara para si mesmo, o esquisito bancário Edson Calumbi deu por quase terminado o vitral que pintara dos seus desejos mais íntimos e insatisfeitos. Presa de incontida excitação vestiu-se de Papai Noel e, sem que ninguém notasse, saiu pelas ruas, na manhã do dia 25 de dezembro, tomando os brinquedos das crianças que eufóricas com os seus presentes, brincavam nas calçadas e praças da sua cidade.
Às dezesseis horas, com o saco às costas abarrotado de bonecos, trenzinhos, carrinhos, etc., Edson foi detido no distrito policial do Alto do Rio Branco. De lá, encaminharam-no ao Manicômio Judiciário do Recife, após tentar aos gritos, suicidar-se com uma caríssima metralhadora de brinquedo chinesa que cuspia estrelas e emitia instigantes sons de roque.
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