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Ode à Sertânia e ao Moxotó
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Marcos Cordeiro
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Por nasceres venturosa,
ancestral e veneranda
fui a origem do tempo,
dancei torés, sarabandas,
revi cordéis, colhi versos
na memória das cirandas.
Abrindo as páginas dos dias,
senti uma aragem de gestas,
nos lampejos das batalhas
ressoam sabres e flechas
troar de onças, trovões
nas tuas áridas florestas.
Seguindo a trilha do couro
bandeirantes de gibão,
cavaleiros de couraça
fincaram a cruz, o mourão.
De Antão e Catarina,
ferraram a fogo o brasão.
Por seres mãe radiosa,
fidalga infanta, guerreira,
em Jabitacá decifrei
sagas tupis, guerrilheiras.
No berço do Moxotó brabo,
herdei seu sangue e bandeira.
Ao descer da cordilheira
ele é rio e é circunstância
lavando a lâmina do tempo,
levando orgulho a distância,
o nascimento da terra
se perde na sua infância.
Anfíbio é verso e é rima
no martelo do meu canto,
agalopando seus passos,
dá fartura, colhe pranto,
dos altos da Bolandeira
segue seu rumo e encanto.
Além das horas, sonâmbulo,
o rio corre em mil patas,
no ouro das madrugadas
beija lajedos e matas,
os seus cavalos de brumas
tem ferraduras de prata.
Deixando a urbe rupestre
traz o seu nome e seu grito,
do seio de Paranapuka
extrai seu plasma invicto
e salta do grande rio
para os braços do Infinito.
- Vou-me embora, vou-me embora
lá dos altos do sertão,
das terras de Pernambuco,
levo história e nome na mão.
Vou-me embora, vou-me embora
deixo saudoso o meu chão.
- Vou-me embora, vou-me embora,
talvez eu vá soluçando.
Para o mar estou seguindo,
para os homens estou cantando.
Para o oceano Atlântico
Sertânia eu vou levando!
ancestral e veneranda
fui a origem do tempo,
dancei torés, sarabandas,
revi cordéis, colhi versos
na memória das cirandas.
Abrindo as páginas dos dias,
senti uma aragem de gestas,
nos lampejos das batalhas
ressoam sabres e flechas
troar de onças, trovões
nas tuas áridas florestas.
Seguindo a trilha do couro
bandeirantes de gibão,
cavaleiros de couraça
fincaram a cruz, o mourão.
De Antão e Catarina,
ferraram a fogo o brasão.
Por seres mãe radiosa,
fidalga infanta, guerreira,
em Jabitacá decifrei
sagas tupis, guerrilheiras.
No berço do Moxotó brabo,
herdei seu sangue e bandeira.
Ao descer da cordilheira
ele é rio e é circunstância
lavando a lâmina do tempo,
levando orgulho a distância,
o nascimento da terra
se perde na sua infância.
Anfíbio é verso e é rima
no martelo do meu canto,
agalopando seus passos,
dá fartura, colhe pranto,
dos altos da Bolandeira
segue seu rumo e encanto.
Além das horas, sonâmbulo,
o rio corre em mil patas,
no ouro das madrugadas
beija lajedos e matas,
os seus cavalos de brumas
tem ferraduras de prata.
Deixando a urbe rupestre
traz o seu nome e seu grito,
do seio de Paranapuka
extrai seu plasma invicto
e salta do grande rio
para os braços do Infinito.
- Vou-me embora, vou-me embora
lá dos altos do sertão,
das terras de Pernambuco,
levo história e nome na mão.
Vou-me embora, vou-me embora
deixo saudoso o meu chão.
- Vou-me embora, vou-me embora,
talvez eu vá soluçando.
Para o mar estou seguindo,
para os homens estou cantando.
Para o oceano Atlântico
Sertânia eu vou levando!
Marcos Cordeiro, o poeta de estirpe sertaneja - das terras de Cabrobó, pela ancestralidade paterna; dos cariris velhos paraibanos e das terras pajeuninas, pelo lado materno; e das bravas terras moxotoenses, por nascimento - canta sua terra com o pendor genuinamente poético que nos encanta e nos enche de saudade e de orgulho da terra forjadora de homens e mulheres com coração e alma fincados nesse chão bendito - Sertânia, a princesa do Moxotó.
ResponderExcluirO meu abraço fraterno,
Eurivaldo Remígio
Fortaleza-Ce,15.06.2009.
Como é gratificante saber e ter o prazer de conhecer pessoas que conservam nossa cultura, assim com você, Marcos. Foi um prazer conhece-lo. Parabéns pelo belíssimo trabalho.
ResponderExcluirMarços Cordeiro, meu amigo e poeta de alma sertaneja,
ResponderExcluirConcordo com Cláudia - que não a conheço -, pois sua poesia ODE À SERTÃNIA E AO MOXOTÓ é o mais retumbante grito de amor à terra do cristalino moxotoensis, essa forja mais apropriada dos homens e mulheres de nossa amada terreinha.
Não me canso de falar dela, de seus valores, de sua gente. Viva a princeza do Moxotó!
Um abraço fraternal,
Eurivaldo Remígio
Pecado originalíssimo o cometi: não revisei o texto do meu comentário, o dia 27.07.2009,
ResponderExcluirdeixei,infantilmente, grafadas agressões ao vernáculo.
Peço-lhe escusas a você, meu caro amigo, e a quem o leu. Refaço-o, lembrando-me das lições do meu velho mestre Valdemar Codeiro. Segue o texto:
Marcos Cordeiro, meu amigo e poeta de alma sertaneja,
Concordo com Cláudia - que não a conheço -, pois sua poesia ODE À SERTÂNIA E AO MOXOTÓ é o mais retumbante grito de amor à terra do cristalino moxotoensis, essa forja mais apropriada de homens e mulheres da nossa amada terrinha. Não me canso de falar dela, de seus valores, de sua gente.
Viva a princesa do Moxotó!
Um abaço fraternal,
Eurivaldo Remígio
Olá,querido!
ResponderExcluirAdorei seu blog e já estou seguindo. Meu Pai
era Pernambucano,tenho 3 tios que moram em Recife e uma tia em Olinda. Minha vó se chamava
Maria Cordeiro,será que somos parentes? rsrsrs
Um Cheiro,Cibele
Marcos , segue link para mais um blog sobre Sertânia
ResponderExcluirhttp://livrosdesertania.blogspot.com/
Aceita-se sugestões sobre próximas páginas...
abraços!
Olá meu irmão olha, muito bonito seu trabalho, gosto muito de arte é a uma das minhas áreas prediletas, que sorte a minha de ter conhecido você pessoalmente naquele Hospital do Recife que Deus te abençoe grandemente, quero que você estude aquele curso(ouvindo avoz de Deus)e faça um hai-kai um resumo em três versos. Espero a postagem do hai-kai ancioso em seu blog que é uma maravilha.
ResponderExcluirmeu email:pauloramosdasilvaramos@bol.com.br
abraço ass:Paulo Ramos