Antologia de Poetas Pernambucanos
Waldemar de Sousa Cordeiro
PINA
Para meu filho Marcos Cordeiro
A alma de Debussy nos flamboyants da rua
cujos galhos em flor são órgãos ao relento.
Há boleros ao luar. E a noite dança nua
escandalosamente aos deboches do vento.
Pina. Barco veleiro ao longe se insinua
á vista do Farol de Olinda em raios lentos.
De ondas bravas o mar epilético estua
e a metrópole cai em suave passamento.
Poste por poste vão-se as longas avenidas...
Desfilam por ali vidas que não são vidas,
caravanas que vão do Egito a Canaã...
Boêmio a vagar pelas esquinas tortas.
No abandono do cais passeiam virgens mortas
á procura talvez da estrela da manhã.
Do livro Salão de Sombras
A alma de Debussy nos flamboyants da rua
cujos galhos em flor são órgãos ao relento.
Há boleros ao luar. E a noite dança nua
escandalosamente aos deboches do vento.
Pina. Barco veleiro ao longe se insinua
á vista do Farol de Olinda em raios lentos.
De ondas bravas o mar epilético estua
e a metrópole cai em suave passamento.
Poste por poste vão-se as longas avenidas...
Desfilam por ali vidas que não são vidas,
caravanas que vão do Egito a Canaã...
Boêmio a vagar pelas esquinas tortas.
No abandono do cais passeiam virgens mortas
á procura talvez da estrela da manhã.
Do livro Salão de Sombras
Poema perfeito para um filho tão especial,parabéns Marcos Cordeiro .
ResponderExcluir