............
A meu pai
................................................................... Waldemar Cordeiro
......................
Sempre a espreitá-lo a morte que não cansa
veio ceifá-lo às horas matinais
de um domingo de julho. Um céu lilás
está chorando lágrimas de criança.
................
Farda de herói, inquebrantável lança,
peito coberto de brasões morais,
combatente de lutas desiguais,
como um crente meu pai enfim descansa.
...............
De meu pai proliferam-se as ramagens
dos filhos que ele fez a sua imagem,
no seu prolongamento tão profundo.
................
Recebo do meu pai com dignidade
o dom conformativo da humildade,
a decisão de suportar o mundo.
...............
- Poema escrito por meu pai Waldemar Cordeiro na noite da morte do meu avô Domingos Cordeiro Aureliano de Santana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário